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Flush: limpeza polêmica resolve ou traz mais problemas ao seu carro?

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Todos (mecânicos e usuários) sabem, ou pelo menos deveriam saber, que usar o óleo errado e/ou por mais tempo do que o recomendado pelo fabricante do motor pode fazer com que ele se deteriore rapidamente. Como resultado, um resíduo preto espesso, conhecido coloquialmente como “lama”, apareceu.

Pois bem, esse notório flagelo da falta de manutenção preventiva (trocas de óleo) ou uso indevido de lubrificantes (mais baratos) deposita-se no sistema de lubrificação de todo o motor. Um processo contínuo que se acelera com o uso contínuo de lubrificantes “vencidos” e só é interrompido quando o lubrificante é trocado.

motor flush corretivo

As consequências são muito graves: bloqueio de furos e passagens, impedindo a lubrificação adequada dos componentes. Os sintomas mais comuns são: acionamento do alarme de baixa pressão do óleo e/ou falha do tucho hidráulico e seu ruído característico (torneira cônica).

A troca do óleo após a existência de borra no motor apenas interrompe o processo de deposição. Apagá-lo é outra conversa. As discussões sobre o que fazer com o lodo vêm acontecendo há muito tempo. Muito se tem falado, mas há pouca literatura acadêmica sobre o assunto.

As montadoras e associações do setor recomendam a desmontagem, limpeza, inspeção e remontagem (reparo de peças danificadas) do motor. Uma solução eficiente, mas cara. Dependendo da idade do veículo e do tamanho do bolso do proprietário, pode se tornar inviável.

Então, como resolver o problema?

Ao mesmo tempo, os fabricantes de produtos químicos e aditivos estão recomendando e promovendo um procedimento chamado flushing. Isso também inclui a introdução de produtos químicos no motor ou em conjunto com óleos lubrificantes.

Quando o motor fica em marcha lenta por um determinado período de tempo, este produto dissolve o lodo. Quando o fluido é descarregado, todas as impurezas são removidas com ele. Como resultado, uma limpeza interior completa e de baixo custo pode ser alcançada em um período de tempo muito curto.

Esse solvente é realmente tão poderoso para dissolver e dispersar tantas impurezas em tão pouco tempo? Quais são suas propriedades lubrificantes? Se é tão bom, por que as montadoras não aprovaram o programa?

Por que não existe uma norma da ABNT regendo esse procedimento? Existem publicações acadêmicas sobre a eficácia e segurança desse procedimento?

Essas são apenas algumas das questões levantadas sobre o assunto. Os temores do mecânico são justificados. Afinal, quando um veículo é mantido na oficina, a responsabilidade é inteiramente da oficina. Este carro não pode sair pior do que entrou. Se o fluido do lavador não fornecer lubrificação suficiente durante o processo de limpeza, poderá danificar as partes móveis do motor. Esses danos só são “sentidos” após um período de tempo. O efeito deste produto em vedações e peças não metálicas é outro problema que assolou a Guerreiro das Oficinas.

Afinal, vale a pena fazer o flushing para limpar o motor?

Não vale a pena. Embora o custo desse serviço seja mais tentador do que uma limpeza completa, a melhor opção é levar o veículo a uma oficina para que um especialista possa verificar se o motor precisa ser removido para uma manutenção adequada. Para evitar o acúmulo de borra no motor, o ideal é manter o veículo em dia. Siga os períodos de troca de óleo e especificação de acordo com as recomendações do fabricante.
Reabasteça seu veículo em um posto de gasolina confiável para reduzir o risco de colocar combustível adulterado no tanque e também ajudar a evitar a carbonatação dentro do motor.

 

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